domingo, 8 de fevereiro de 2009

Madrugada no Campo

Eu sinto o vento agitado bagunçando o meu cabelo, e posso vê-lo soprando as palmeiras que acolhem na superfície de suas folhas a forte e prateada luz da lua. Lá na frente, bem longe de mim, eu vejo os cavalos, muitos estão dormindo e quatro deles ainda cochilam em pé. Já no horizonte, dezenas e dezenas de relâmpagos se revezam e me confundem... Confusa eu digo que até parece música, mas não ouço som nenhum. Se eu fecho os olhos, posso sentir o cheiro da chuva que já se foi, e que está para voltar. Quando os abro novamente na direção do céu, percebo que, longe de tudo e de todos, tudo fica tão mais claro e ao mesmo tempo tão escuro, é belo! É como se ainda fosse anoitecer, quando ainda falta muito para amanhecer. E agora quase não vejo mais estrelas, as nuvens conseguiram cobrir o brilho de praticamente todas e, em instantes cobrirão a luz da lua, logo, não enchergarei mais as linhas que já fiz.